terça-feira, 20 de janeiro de 2015

FOFOCA SISTÊMICA

Há algum tempo me incomodo com a "rádio corredor", muito presente no dia a dia das empresas. Vejo porém que as organizações vêm investindo na gestão de RH no sentido de criar um ambiente mais saudável e de mitigar os conflitos normalmente identificados entre os pares. É preciso reconhecer que as nossas verdades não são as verdades dos outros, nossas mágoas não podem ser alimentadas por aquilo que supomos ser ou que supomos o que o outro seja. Nossas desconfianças não podem ser o que achamos, elas devem ser consideradas a partir dos sentimentos de amor, amizade, de bem querer; às vezes atravessamos a vida sem definir um sentido para ela, passamos a acreditar em qualquer disse me disse, ficamos à mercê dos outros, sob o perigo constante de que qualquer comentário abalará nossa opinião; como ficarão os valores que pensamos ter e que objetivamos passar às gerações? Vamos viver a intensidade de cada momento, como se ele fosse o único e o último, porque o amanhã não sabemos. 

Não somos perfeitos, mas temos a inteligência para reconhecer que a perfeição pode ser alcançada à medida que aceitamos nossas fraquezas sem culpar o outro, à medida que alcançamos o sucesso sem o menosprezo ou a derrota de alguém. Sejamos felizes com as diferenças, porque o que é do outro é do outro, e aquilo que nos incomoda talvez precise ser revisto dentro de nós mesmos. Vamos construir, trabalhar e conviver num ambiente sadio onde nossos contratos, ainda que psicológicos, sejam instrumentos sociais reguladores das nossas posturas, dos nossos papéis ou das nossas funções, mas nunca como instrumento de manipulação desacerbada, primitiva ou imprópria à relação humana.

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